REDPO e RAADH apresentaram o estudo sobre as experiências governamentais contra o feminicídio na região

Na quinta-feira, 6 de maio, foi apresentado o estudo Morte de mulheres por gênero: experiências governamentais contra o feminicídio na região, organizado pela Reunião de Altas Autoridades sobre Direitos Humanos do MERCOSUL (RAADH) e a Reunião Especializada de Defensorias Públicas Oficiais do MERCOSUL (REDPO).

A atividade foi inaugurada por Stella Maris Martínez, Defensora Geral da Nação da República Argentina e Presidente Pro Tempore de REDPO, que fez uma introdução à publicação que oferece uma visão panorâmica de algumas das políticas públicas dos países do MERCOSUL nas matérias de prevenção, assistência, acesso à justiça, perseguição e erradicação da violência contra a mulher. Ela também se referiu ao trabalho articulado entre as duas reuniões especializadas do bloco regional. Nesse sentido, destacou o Memorando de Entendimento firmado entre RAADH e REDPO, firmado em novembro de 2020, que visa fortalecer os laços de diálogo e cooperação entre as principais autoridades de direitos humanos dos Estados Partes do MERCOSUL e as Defensorias Públicas Oficiais dessa instância.

Ariela Peralta, Secretária Executiva do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH); Raquel Asensio, Coordenadora da Comissão de Assuntos de Gênero da Defensoria Geral da Nação Argentina; e Carolina Varsky, Representante da Subsecretaria de Programas Especiais contra a Violência por Razões de Gênero do Ministério da Mulher, Gênero e Diversidade da Argentina.

Ariela Peralta destacou que a publicação pretende contribuir para a discussão de políticas públicas que busquem modificar uma realidade urgente. Afirmou que se tratam de apostas políticas para aprofundar e avançar na atenção a este problema. Destacou que o estudo mostrou que “é necessário elevar os padrões de exigência de respostas do Estado para combater a situação de discriminação e promover a igualdade de gênero”. Ela destacou a importância da rastreabilidade e do fornecimento de respostas para “garantir uma vida digna e livre de violência para as mulheres”.

Asensio compartilhou as iniciativas que vêm sendo implementadas para contribuir com a erradicação da violência de gênero na Argentina e destacou que as políticas públicas estão relacionadas com a criação de áreas temáticas e argumentos jurídicos que respondam especificamente às necessidades das mulheres, para assim modificar o paradigma masculino. Especificou que o desafio para a defensoria pública era e é “garantir o acesso à justiça sem discriminação”. Ao mesmo tempo, fez alusão às estratégias de atendimento às mulheres em situação de violência.

Por fim, Varsky referiu-se à criação do Ministério da Mulher, Gênero e Diversidade da Argentina, mencionando suas funções e responsabilidades. Também enfatizou as políticas públicas, medidas concretas e ações específicas projetadas que respondam à reparação e prevenção em questões de gênero. Nesse sentido, destacou que “a missão do Ministério é formular, coordenar e realizar políticas públicas que garantam o direito das mulheres e das pessoas da comunidade LGBTI+ a uma vida autônoma, livre de violências e desigualdades”.

O estudo Morte de mulheres por razões de gênero: experiências governamentais contra o femnicídio na região foi coordenado pelo Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH) por mandato da Comissão Permanente de Gênero e Direitos Humanos das Mulheres da RAADH. A publicação apresenta inicialmente alguns desenvolvimentos recentes na luta contra a violência de gênero no campo do direito internacional dos direitos humanos e apresenta a abordagem de direitos humanos e da interseccionalidade. A seguir, são descritas as experiências dos Estados, subdividido em países, abrangendo os números até o final de 2019, e, por fim, relacionam-se os avanços obtidos e os desafios pendentes. Também aborda algumas das tensões entre os avanços alcançados e os desafios pendentes.

Foi apresentado pela primeira vez em junho de 2020, no âmbito da IX Consulta Pública do Fórum de Participação Social da IPPDH “Proteção das mulheres contra a violência e o feminicídio e o impacto da crise de COVID-19” num painel integrado de altas autoridades dos países da região, a Representante da ONU Mulheres para Argentina e Paraguai e a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachellet.

A atividade foi de natureza virtual e mais de 190 participantes compareceram. O encontro foi encerrado com um espaço dedicado a perguntas que as expositoras responderam de forma ordenada e complementar.

Para baixar a publicação: https://www.ippdh.mercosur.int/wp-content/uploads/2020/06/Muerte-de-mujeres-por-razones-de-g%C3%A9nero-1.pdf

A atividade está disponível no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=fD-mzA6F6Fo

Comments are closed.

slot gacor SLOT THAILAND SLOT DEMO SLOT TOTO SCATTER HITAM SLOT MAXWIN ROBOT HACK SLOT GACOR slot thailand situs toto bento4d toto slot SLOT situs toto situs toto